"Monte Formoso" Porquê?
"O Monte Formoso, espaço bonito a mil e duzentos metros do Palácio da Justiça e a mil e quinhentos da Igreja de Stª Cruz, denominou-se de "Formoso" a partir do ano de 1963, quando a obra iniciara já os primeiros passos. O padrinho
e o autor do ropónimo, que perdura e se manterá, foi o gerente da empresa construtora, Eugénio Dias. Em certo momento de contemplação, disse-nos: «Olhei, atentamente para o terreno das oliveiras, decorando uma encosta soalheira, achei o monte tão airoso e agradável que num rasgo de uniformidade, entre o pensamento e a realidade, busquei, mentalmente, o termo apropriado e decidi, baptizá-lo de "Monte Formoso". E, do registo mental, passei à acção. Imediatamente, mandei inscrever nos projectos, circulares, ofícios, cartas, requerimentos e avisos, o topónimo que inventara. A Edilidade e os Serviços Administrativos e Prediais, entenderam o alcance da palavra e aceitaram a designação. Posteriormente, quando os moradores do Bairro começaram a ocupar os primeiros prédios, os Serviços de Transportes Urbanos criaram uma carreira pública para o Bairro e colocaram na bandeira indicadora do destino: "Monte Formoso"». Estava oficializado e perpetuado, o topónimo de "Monte Formoso".
O monte, coberto de olivais, era praticamente, desabitado. Somente, uma casa de habitação que existe, ainda, na subida e uma casa de quinta, própria para caseiro e alfaias agrícolas, no meio do olival, testemunham a vivência humana no local. Da área urbanizada, falta, apenas, concluir com moradias apenas uns dez hectares.
O terreno em apreço, estende-se da zona do Arco Pintado, junto à Av. Fernão de Magalhães, em que vemos as casas e o arco e os Laboratórios Coimbra (a Fundação Bissaya Barreto, a Fábrica de Cal e a Serração de Madeira Baptista Pratas Lda., incluem-se, ainda nesta área), até ao Ingote( a encosta desde o Arco Pintado até ao cume do monte e mais além, era considerado do Ingote), ocupando o Casal do Rato que possuía acesso de paralelipipedos e terra batida - estrada do Ingote - e o terreno até ao Casal do Pina, um conjunto de casas térreas, onde se exibe, ainda, uma parede com brasão e alpendre.
Os terrenos pertenciam a vários proprietários, entre os quais se encontrava a família do mestre de ferro forjado, António Maria da Conceição, artista que executou o gradeamento da estátua de Joaquim António de Aguiar, à Portagem. Interessante referir, conforme nos adiantou Eugénio Dias, que os primeiros terrenos foram adquiridos ao preço de 35$00 o metro quadrado , em 1961. Depois compraram-se outros a 66$00, e, finalmente, completou-se a aquisição da área urbanizada, subindo o preço para 100$00.(...)"
"O Monte Formoso, espaço bonito a mil e duzentos metros do Palácio da Justiça e a mil e quinhentos da Igreja de Stª Cruz, denominou-se de "Formoso" a partir do ano de 1963, quando a obra iniciara já os primeiros passos. O padrinho

O monte, coberto de olivais, era praticamente, desabitado. Somente, uma casa de habitação que existe, ainda, na subida e uma casa de quinta, própria para caseiro e alfaias agrícolas, no meio do olival, testemunham a vivência humana no local. Da área urbanizada, falta, apenas, concluir com moradias apenas uns dez hectares.
O terreno em apreço, estende-se da zona do Arco Pintado, junto à Av. Fernão de Magalhães, em que vemos as casas e o arco e os Laboratórios Coimbra (a Fundação Bissaya Barreto, a Fábrica de Cal e a Serração de Madeira Baptista Pratas Lda., incluem-se, ainda nesta área), até ao Ingote( a encosta desde o Arco Pintado até ao cume do monte e mais além, era considerado do Ingote), ocupando o Casal do Rato que possuía acesso de paralelipipedos e terra batida - estrada do Ingote - e o terreno até ao Casal do Pina, um conjunto de casas térreas, onde se exibe, ainda, uma parede com brasão e alpendre.
Os terrenos pertenciam a vários proprietários, entre os quais se encontrava a família do mestre de ferro forjado, António Maria da Conceição, artista que executou o gradeamento da estátua de Joaquim António de Aguiar, à Portagem. Interessante referir, conforme nos adiantou Eugénio Dias, que os primeiros terrenos foram adquiridos ao preço de 35$00 o metro quadrado , em 1961. Depois compraram-se outros a 66$00, e, finalmente, completou-se a aquisição da área urbanizada, subindo o preço para 100$00.(...)"
"(...)A maioria dos primeiros moradores foram médicos. A zona, segundo Eugénio Dias, propiciava um clima saudável e usufruia de beleza e domínio-paisagístico em toda a área circundante, e, aqueles profissionais investiram, ali, as suas poupanças. E, à medida que as casas se concluíam, imediatamente as habitavam. Aconteceu até, um facto insólito e divertido. Uma parte significativa dos residentes, perante o protelar da instituição responsável pela montagem da electricidade, viveu nos primeiros tempos de ocupação dos prédios, à luz da vela e do candeeiro. A luz eléctrica chegou, mais tarde. Enfim, um pormenor que evidencía a pressa e o desejo de viver no "Monte Formoso".
Área residencial recente, tem, indubitavelmente, pouco de história a desenvolver. Somos os primeiros a escrever a história do "Monte Formoso".(...)"
"(...)Chegámos ao fim. O leitor, num domingo de Inverno co sol ou na Primavera das flores, vá ao Monte Formoso. Desperte da rotina que o amarra toda a semana e fuja da intensidade do ar poluído. No Monte Formoso encha os olhos nda paisagem «quase desértica» do Choupal, um Choupal quase irreconhecível virando as páginas do tempo, desde a época de 1963, um Choupal a morrer... todos os dias, por vontade dos homens.
Não olhe a estrada de acesso e vá descobrir o "Monte Formoso", denominado, primeiramente, de urbanização "Arco Pintado-Ingote". Passará uma tarde diferente.(...)"

Mário Nunes in "Ruas de Coimbra" 2ª edição 2003
6 comentários:
Espectáculo tantos lugares para estacionar?!!
Execelente ideia.
PARABÉNS pelo Blog
Muito giro... Falta a história antes dessa história! Quem sabe se um dia não acontece??!! :)
realmente, era muito bom que houvesse essa tal história, pena é que, não exista em lado nenhum, pelo menos a C.M.C. assim o diz...
Mas se, o prezado anonimo a tiver agradecia que oferecesse uma cópia a este blog, e tb à casa municipal da cultura...
Teria todo o gosto em "postala"...
Olá mikos!
Eu "ter" não tenho mas era giro investigar qq. coisa! Leva tempo e é necessária alguma sabedoria:))
Vale a pena pensar nisso! Prometo que vou começar a escavar :)
O arquivo municipal, o arquivo histórico e outros locais no género são poços sem fundo de informação... Há também muita gente que já escreveu sobre Coimbra (para além do Dr. Mário Nunes) e talvez se encontre qq. coisa! O nosso bairro era um local absolutamente fora de portas... quem sabe se não era a estância de férias de alguém??? :)))
aguardarei
Para o bairro ser mais familiar, que tal começarmos por arrumar os carritos bem arrumadinhos, para os outros terem espaço, para parar ou passar, hein?
Parece-me que fazer um abaixo-assinado para que a Câmara Municipal de Coimbra pinte os espaços pode obrigar à solidariedade ...
Os blogs não são só para dizer bem, não é?
Mas eu gostei sim. Quanto mais não seja, ajuda quem tem dificuldade em se expor!
Voltaremos..................
Fula
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